Governo está a trabalhar "com grande coesão"

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo está a trabalhar "com grande coesão" em medidas de curto e médio prazo para fechar o Orçamento Retificativo para este ano e o Documento de Estratégia Orçamental 2013-2017.
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Em conferência de imprensa, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, Pedro Passos Coelho escusou-se a comentar "rumores" sobre divisões nas reuniões do Conselho de Ministros e, questionado se o ministro de Estado e das Finanças estava de pedra e cal no Governo, respondeu: "Não há nada para dizer sobre o ministro Vítor Gaspar, ou sobre qualquer outro ministro".

O primeiro-ministro, que falava no final de um encontro com o seu homólogo irlandês, reiterou a indicação dada hoje pelo ministro das Finanças de que as medidas do "programa de médio prazo" serão apresentadas "até ao final desta semana, conforme está acordado com a 'troika', e conforme tem sido informado ao senhor Presidente da República".

Quanto ao Orçamento Retificativo para este ano, será apresentado "muito oportunamente na Assembleia da República", referiu Passos Coelho, acrescentando: "Sobre essas matérias, o Governo tem estado a trabalhar com grande coesão e de forma muito intensa para que todos os objetivos que traçámos possam ser respeitados".

Antes, o chefe do executivo recusou comentar as "muitas notícias públicas sobre aspetos relacionados com as reuniões do Conselho de Ministros".

"Por princípio, não comento notícias sobre rumores de assuntos que são tratados dentro das reuniões normais do Conselho de Ministros. No dia em que aceitar fazer isso, seja para confirmar, seja para desmentir, o Conselho de Ministros deixou de ser o Conselho de Ministros e passou a reunir-se à porta aberta, à frente dos jornalistas. Não é assim que se governa", considerou.

Na sexta-feira, no final de um Conselho de Ministros ordinário, o Governo anunciou que esta terça-feira iria realizar-se um Conselho de Ministros extraordinário para aprovar o Documento de Estratégia Orçamental 2013-2017, para que este fosse entregue dentro do prazo estabelecido, final de abril.

Vários órgãos de comunicação social noticiaram que houve divisões no Conselho de Ministros entre Vítor Gaspar e outros ministros, com destaque para o presidente do CDS-PP e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, sobre medidas de redução da despesa.

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